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Impactos da Inteligência Artificial na Educação

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  José Moran O cenário atual “Converso” com frequência com vários aplicativos “inteligentes” sobre diversos assuntos, com bastante fluência e “intimidade”, principalmente na prática de línguas. É incrível como evoluíram os chats de conversação, principalmente no último ano. Você se sente dialogando com “alguém”, com bastante fluência e sobre temas que lhe interessam. Mas não é uma tarefa simples. É um processo de acerto progressivo, de calibragem contínua, de tentativas de melhoria de ambas as partes; o que exige paciência, refinamento e competência. Para aprender, é preciso ser curioso, proativo, saber perguntar, ter conhecimento prévio sólido, competências críticas, discordar, reelaborar as questões, checar as fontes. Nunca tivemos tantas chances de aprender de formas diferentes, sozinhos e em grupos, em espaços formais e informais, com tecnologias simples ou sofisticadas.   Mas a facilidade não garante a aprendizagem; pode gerar preguiça. Muitos se contentam com informações rasa

Novos desafios para os professores, hoje

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  José Moran Ser professor é uma profissão cada vez mais exigente. A experiência docente no dia a dia é mais complexa, diferenciada, abrangente. Ela acontece em mais espaços, tempos, com novas metodologias, tecnologias digitais mais sofisticadas, com maior interação com as famílias, a cidade, o mundo. Há muitas pesquisas, publicações, compartilhamento de práticas, inovações na educação. Tudo está disponível (embora não para todos), mas não é fácil escolher, entre tantas possibilidades, as melhores para o desenvolvimento profissional e pessoal.   Outra questão importante: Como encantar crianças e jovens, entretidos com tantos jogos, vídeos e conversas tão atraentes? Para complicar mais, cada um tem seu jeito, expectativas, motivação, seu ritmo.   Uma estratégia pode ser encantadora para um grupo de estudantes e deixar indiferentes aos demais. As tecnologias fazem parte do trabalho habitual do docente. Os conteúdos estão em plataformas com roteiros gamificados, que explicam em vídeo e

A necessária e complexa convivência entre famílias e escolas

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 José Moran Escola e famílias são parceiros interdependes no processo de educar crianças e jovens. Por isso, precisam estar alinhados, próximos e colaborar de todas as formas possíveis para obter os melhores resultados. Como vivemos em uma sociedade multicultural, com visões de mundo muito diferentes e, com frequência, posicionamentos acirrados, o número de atritos tem aumentado. Nos anos da pandemia a escola ficou muito mais visível para os pais através das plataformas online. Muitos pais valorizaram a complexidade do trabalho docente e a quantidade de ferramentas e estratégias disponíveis para engajar os estudantes. Outros pais, no entanto, se sentiram incomodados porque professores falavam sobre temas delicados, que conflitavam com seus valores e discordaram da forma como foram trabalhados pelos professores. A escola se tornou mais visível para a comunidade, com mais apoio de uns e maiores questionamentos de outros. As famílias hoje têm diversas configurações e dinâmicas – famíl

O que aprendi com os alunos e o que está mudando hoje

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José Moran Fui docente a maior parte da minha vida, mesmo que inicialmente não fosse essa minha intenção. Minha experiência principal como professor aconteceu na transição do período analógico para o digital (década de setenta aos primeiros anos deste século). Tentei acompanhar as mudanças e incorporar as tecnologias da melhor forma possível. Minha experiência principal é no Ensino Superior, primeiro privado, depois público, mas também trabalhei alguns anos com alunos do final do fundamental 2. Algumas coisas que aprendi Aprendi que é complexo ensinar para alunos diferentes, para muitas turmas, principalmente quando você trabalha em mais de uma instituição, o que acontece com boa parte dos docentes no Brasil. Durante muitos anos trabalhei com muitas turmas, algumas grandes, e sobrava pouco tempo para o planejamento, o acompanhamento e para a avaliação. A sensação que eu tinha era a de que ficava devendo e poderia ter feito um trabalho melhor. Em algumas disciplinas me sentia